sábado, 27 de dezembro de 2008

Ficando mais experiente hoje...

São Paulo, 27 de Dezembro de 2008.

8h55

Pois é... hoje é meu aniversário, 27 aninhos!

Só posso e devo agradecer à Deus e aos meus pais por estar aqui...

Estou no meu trabalho (verdade) e acabo de tomar o desjejum tradicional que é oferecido aos aniversariantes, até waffles tinha!

Foi um ano bem interessante esse, fui indicado duas vezes como melhor funcionário do meu departamento, fiz cirurgia, até no show da Madonna eu fui!

E claro... alguém apareceu... e parece que pela primeira vez em anos, não passarei meu aniversário e fim de ano deprimido... sem aquela sensação de vazio...

Espero que seja o primeiro de muitos...

Mas é a vida... experiência que vem sendo adquirida com erros e acertos... será assim sempre...

Ótimo fim de ano a todos e um início melhor ainda!

Greco.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

25 de Dezembro

São Paulo, 25 de Dezembro de 2008.

8h50

Não comemoro o Natal por motivos religiosos, mas respeito a crença de cada um.

Todavia, minha crença não me impede de desejar felicidades e boas festas a todos.

Porque resolvi postar nesse dia então? Bem... parece que o Greco não ficará mais para titio (titia não!!), ou não está no momento...rs

Pois é... um corajoso apareceu... e que baita corajoso...rs

Agradeço ao Papai Noel?

Não.

Melhor agradecer à Paciência...

Beijos.

Greco.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Peace

São Paulo, 05 de Dezembro de 2008.

19h45

"Se vivemos com objetivos precisos, acabamos por embotar nossas emoções. Se vivemos com objetivos precisos, vivemos por um minuto, por uma hora, por uma jornada em vez de viver cada minuto, cada hora, cada jornada. Os estados de espírito de nossa vida são a beleza da vida. É quando nos abandonamos a todos estes estados de espírito que vivemos realmente." (Oscar Wilde)

Me pergunto o que realmente quero...
Um namorado?
Um amante?
Um amor?

Me pergunto se estou gostando dessa vida dissoluta que tenho levado nos últimos tempos.
Se o conhecer de um corpo diferente a cada semana tem me satisfeito...
Se a manifestação livre e fluída da minha sensualidade (promiscuidade?) é uma fase apenas...
Se estou me perdendo, ou já me perdi...

Quantos "ses" para quem dizia que agora seria o "é"...

Talvez seja o cansaço... de mentiras e mais mentiras... minhas incluídas...

Não sou perfeito e nem tento... mas penso que procuro algo quase perfeito, ou seja, algo que não existe e consequentemente, nunca encontrarei...

Tem dias que me sinto estranho, pois os "nãos" outrora doloridos, agora são risíveis...

Estou mais duro ou seria insensível?

Mais frio?

Só tenho que tomar cuidado para quando for a hora, derreter e não sobrar nada...

"Give me love, give me love, give me peace on earth..."

Greco.


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Observando...

São Paulo, 17 de Novembro de 2008.

20h00

"Des oeuvres mortes nous pratiquions,
Et dans l´angoisse tous nous étions..."


Esses dias estava eu voltando do trabalho e passava pela Av. 9 de Julho, quando vi algo chocante que chamou de imediato minha atenção... 

Logo depois do Túnel 9 de Julho, próximo à FGV, dormia um indigente, mendigo, morador de rua, como preferirem... mas não foi isso que me chamou a atenção, infelizmente isso faz parte ainda do nosso cotidiano e corremos o risco, como eu demonstro aqui, de achar que tudo é normal...(não acho).

Mas não é sobre isso que quero falar e sim sobre o que me chocou... quando olhei para aquela pessoa dormindo ao relento, vi descendo por sobre ele um rato... sim um rato... e não era desses "bonitinhos" que algumas pessoas tem de estimação (odeio qualquer tipo, tenho medo, trauma de infância).

Aquilo me chocou... e fiquei imaginando um monte de coisa, para aquela pessoa ter chegado a esse ponto, um sem teto, servir de abrigo ele próprio de um animal pestilento...

Não estou aqui para discutir sobre políticas sociais ou afins...

 Mas para falar de mim (egocêntrico?)... sim de mim mesmo... eu que por essas linhas tenho falado, choramingado, "melodramatizado" e por ai vai... sobre o amor, minha busca por ele, etc...

Fico pensando naquele homem... ele amou? Buscou? Encontrou? O amor...

Se preocupou? Ficou deprimido? Por mensagens não respondidas, ligações não recebidas, será que ouviu "melhor sermos amigos"?

Não estou dizendo que ele chegou a esse ponto por um amor malfadado... e esse é o ponto... me preocupo tanto com o "amor"... e tantas coisas acontecem à minha volta, não presto atenção à realidade...

Hoje por exemplo fui indicado pelo meu departamento para concorrer a "melhor funcionário do bimestre", não ganhei, é fato... mas fui indicado, embora preferisse ganhar o bônus de meio salário...rs
Vêm? As vezes deixo passar despercebido coisas mais importantes no momento...

Amor? Claro que acredito, sempre pego filmes românticos, pois sei que no final os mocinhos ficarão juntos... (sarcasmo)

Posso estar um pouco azedo esses dias, talvez por causa de mais um aniversário que se aproxima e me deixará deprimido como sempre...

Por falar em aniversário, este blog completou 1 ano há dois meses atrás... fiquei surpreso por ter resistido tanto... enfim se tem alguém que o lê ainda, continuarei por aqui...rs

Abraços.

Greco.



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"Deixa, deixa, deixa, eu dizer..."

São Paulo, 20 de Outubro de 2008.

14h00

Não sei dizer o que é essa estranha sensação...
Sentida já há algum tempo...
Não é mais aquele vazio conhecido, oriundo de possíveis expectativas geradas do nada... não correspondidas...

Talvez por isso é estranha...

Quando se acostuma com algo e o diferente surge, é perturbador... inquietante...

Essa sensação me causa confusão pois antes era mais fácil me refugiar em "pseudomelodramas", "pseudodepressões" e por ai vai...

Agora não posso mais fugir... minha racionalidade e praticidade me assustam tanto que me sinto frio... talvez minha "blindagem" não seja tão superficial quanto eu imaginava e isso me causa estranheza... por quiçá não me conhecer mais...

Ou descobrir que não sou o fraco que aparentava...

O que aconteceu àquele Greco em sua busca incessante por algo que nunca esteve ao alcance?

Aprendeu que o amor não se procura?

Se acha...(?)

Aprendeu que o amanhecer vem logo depois da parte mais escura da madrugada?

Que vive-se um dia de cada vez...

Talvez...

Greco.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aprendendo

São Paulo, 30 de Setembro de 2008.

9h25

Me sinto bem hoje... Aliás nesses últimos dias tenho vivido... conhecido gente interessante... um almoço aqui, um jantar ali, um café acolá... quem sabe?

Não me preocuparei mais... nem pensar se é dessa vez ou não... estou vivendo o momento... e continuarei...

As pessoas não se completam... se somam...

O amanhã? Me preocupo agora com o hoje...

Greco.

domingo, 24 de agosto de 2008

Amor

São Paulo, 24 de Agosto de 2008.

13h08

Não sabia que o amor era tão difícil.. Talvez porque não o compreendo... ainda...

Sempre nos desencontramos... quando penso que o encontrei... ele ri zombeteiro e diz "ainda não"...

Sempre me engana... se esconde... fugidio...

Me pergunto porque ele zomba assim... a resposta vem rápida "não está pronto"...

Amores mal começados ficam inacabados... não sobrevivem... não resistem a nada... e descobre-se que não era amor...

Se quero algo consistente... devo aguentar mais um pouco sua zombaria...

As vezes meus passos indecisos me fazem parar... e insisto em perguntar por onde você anda... e choro... não de amargura... mas de incompreensão...

Eu o encontrarei... um dia...

Espere...

Greco.

terça-feira, 29 de julho de 2008

De ninguém...

São Paulo, 29 de Julho de 2008.

14h30

Bem, se alguém leu o último post, terá percebido que levei um fora...
Pois é... ninguém me quer...hehehe

Fiz o que pude... não deu, fazer o que? A vida segue, tudo passa, tudo muda...
Nem estou naquela fase de "revolta", de choro, nada... mesmo ainda tendo um sentimento pela pessoa, meu lado racional assumiu mais rápido dessa vez...

É isso que me assusta... mais ainda... o fato de que talvez um novo processo de inicie... é tão estranho a "fila andar"... Não tenho um botão de "liga-desliga", mas é o que preciso fazer, mudar o foco... não necessariamente para uma outra pessoa...

É estranho lembrar tudo o que foi dito, escrito, sentido... olhares trocados, toques sutis embaixo da mesa... cumplicidade...

Agora é tudo lembrança... passado... recente...

Mas não vou ficar parado, tem uma vida lá fora, o tempo passa e quero ir com ele...

Greco.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Em que você acredita?

São Paulo, 15 de Julho de 2008.

14h25

Mais um que se vai...
Existe algo duradouro?
Existe amor incondicional?
Algo que resista às intempéries do tempo?

Tempo... conhecido também como ausência...

Mesmo ouvindo os tristes sons da despedida,
Vendo sinais de mais uma dolorosa partida,
Meu coração se recusa a aceitar, ele quer vida...
Se recusa a acreditar que não há saída...

Eu não queria ter... você...
Eu não queria ser... de você...
Não queria... Mas só penso em você...
O que fazer se amo... Você...

Incompleto... me sinto...

Se pudesse escolher... não seria você...
Escolheria não sofrer...
Seria mais fácil fazer parar de chover...
Do que esquecer... Você...

Meus olhos brilhavam quando viam... você...
Meu coração palpitava quando sentia... você...
Voltava a ser criança perto... de você...
Não sonhava mais... Vivia... Você...

Mas o que me resta agora são os inevitáveis e já conhecidos porquês...

Greco.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Confissão

São Paulo, 10 de Junho de 2008.

21h10

"Dans le silence
j'avais trouvé la verité comme une fleur
qui ressemble a mon coeur..."

Mãe... Sou gay...

Eu usei essas palavras na última semana... nunca planejei como dizer ou qual seria o melhor momento... imaginei sim, possíveis reações...

Faz uma semana já...

Como me sinto? Não consigo exprimir...

Como ela se sente? Não ouso perguntar...

O que sei apenas é que o peso diminuiu... muito...

A máscara quebrou-se... finalmente...

Greco.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Borboletas

São Paulo, 26 de Maio de 2008.

14h35

"Sempre fiquei em dúvida,
Quando a borboleta deixa
a segurança do casulo
ela percebe a beleza que tem?
Ou será que ela ainda se vê
como uma lagarta?"

Não tenho essa resposta... mas sei que ela descobre que a partir desse momento, tudo só depende dela...
Assim como ela teve forças para romper o casulo e sair à luz... o destino dela é voar, mesmo que seja (para nós) num curto espaço de tempo...

Ok! Esse era (na verdade foi) o início desse post... eu nem sabia sobre o que falar, talvez falasse sobre borboletas (odeio aquela frase de Antoine de Saint Exupéry!!! (risos)), ou sobre a força que elas fazem para sair do casulo e blá blá blá...

Estava de licença no trabalho, fiz uma pequena cirurgia, e odeio ficar sem fazer nada... por isso, nesses dias de "afastamento de minhas atividades habituais", forçado diga-se de passagem, assisti alguns filmes.

Vi um que se chama "P.S.: Eu te amo", creio que a maioria já deve ter visto, sou um "atrasado confesso" em relação a filmes, lançamentos...

É lindo... dei muita risada... não chorei... e em certos momentos aquele sorriso maroto aparecia...

De certa forma era como se fosse para mim... não! não tenho mania de procurar sinais!! (risos).

O filme fala sobre perda... dor... medo... coragem... recomeço...

Na verdade, a mensagem (para mim) foi só uma... Viva!

Por que "viva!"? porque em nossas vidas temos tudo isso não? em cada capítulo dela aparece algo... e sempre estamos sozinhos "nessas horas"...

Mesmo que tenhamos pais, irmãos, amigos, religiões, namorados (as), Ops... o último item eu ainda não tenho...

Bem, como eu dizia, nessa hora é cada um por si, certo? Sempre foi... quando ainda não sabíamos andar, nossos pais estavam por perto, para no caso de perdermos o equilíbrio, nos segurar e soltar de novo... eles não ensinavam a andar, isso nós aprendemos sozinhos...(olha a borboleta aí!!)

É isso que devemos fazer sempre, "parar de esperar" e "sozinho ou não, seguir em frente...".

O que mais dizer? Já sei...

"P.S.: Eu te amo"...

Para quem? Sei lá, alguém por aí...

Greco.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Sei lá...

São Paulo, 05 de Maio de 2005.

17h25

"Why deny yourself?
Don’t just let life pass you by like winter in July..."


Um amigo comentou que me julgo demais... sou rígido comigo mesmo... serei meu próprio carrasco? Um masoquista inconsciente?

Sei lá...

Sentado em minha cama, olho ao redor e vejo coisas que conquistei por mim mesmo... coisas materiais, mas que vieram em momentos que precisava e consegui... quer seja um simples livro ou um aparelho de dvd... EU consegui...

Fui a um treinamento na minha empresa e lá, no momento em que cada um se apresentava aparecia sempre a frase "espero que vocês (aos treinadores) me dêem motivação e blá... blá... blá..."

Quando fui me apresentar falei: "não vim buscar motivação, pois ela está dentro de cada um, devo sim me focar em algo para me motivar por mim mesmo..."

Me olharam de soslaio porque de certa maneira corrigi aquelas frases feitas... mas não estava errado, pois nós nos motivamos e não os outros a nós...

Isso foi há duas semanas atrás, mas desde então, penso sempre a respeito, pois me dei um tapa... bem dado...

De certa forma, creio eu, me cobro demais... tento ser o melhor... para os outros... e esqueço de mim...

Tento me corrigir, mas ainda sou aquele que busca... que liga... convida... envia mensagens... se faz presente... abdica de algo em favor do outro...

Tenho sido "ingênuo"... para não falar algo mais pesado...

Não estou aqui para fazer o papel de coitado... usado... descartado... Já sou bem crescido e não faço nada obrigado...

Tento não olhar para trás... nas oportunidades perdidas... poderia até usar aquela de "não era hora ainda"... será?

Será que de todos que já passaram em minha vida (calma não sou tão rodado assim!!), realmente nenhum era pra ser?

Talvez(?) a hora somos nós que fazemos... não vou chorar pelo leite derramado, até porque seria muito leite... ou muito choro? (risos)

Creio que só o fato de refletir sobre isso já me ajuda de certa maneira... afinal se erro tenho que corrigir meus erros... e para corrigí-los, devo primeiro entendê-los...

Se bem que ajudaria muito se “você” aparecesse logo... ou voltasse (vai que é um dos que se foram)... “né” pessoinha que está por aí andando nessa paulicéia desvairada... e nem olha ao lado quando passo... (risos)

"There is no special way...
Make the best of what’s given you...
Everything will come in time..."

Greco.

domingo, 20 de abril de 2008

Outono

São Paulo, 20 de Abril de 2008.

8h10

Chove lá fora... de alguma forma esses dias cinzentos de outono me obrigam a refletir sobre minha vida... Não!! a melancolia não mais é minha parceira... fizemos um trato... pedi um tempo... (risos)

Ainda assim, meus questionamentos perduram, alimentados por uma carência... não física... mas de alma...

Eles ganham força quando me vejo nos braços de alguém... quando o toque das mãos... o roçar dos corpos... a tensão... é apenas isso, contato físico por necessidade... e não por algum sentimento...

É como se minha alma estivesse num segundo plano... observando... e aquele ato que ela presencia se torna banal... privado de emoções duradouras...

Então vem o choro e a constatação de que ainda não foi dessa vez...

Aí me pergunto... Quem é esse? O que tanto procura?

A imagem de meu corpo nú refletida no espelho me faz despertar e sentir um vazio, então passo a entender o porque das lágrimas escorrendo sobre minha face... entendo o pranto de minh´alma...

Entendo... mas não consigo evitar...

Ouvi dizer que a maioria das pessoas têm menos medo da morte do que da solidão...

Será que traio minha alma por medo? E por isso forço meu corpo a aceitar migalhas?

Me sinto mesquinho... não é por isso... tenho certeza...

Talvez apenas esteja confuso...

Talvez o momento esperado está chegando e de alguma forma tento me sabotar... aí sim está o medo... o medo pelo novo... de se entregar finalmente...

Ah... se houvesse um manual... seria mais simples... menos doloroso... mas ele não existe e devo apenas me deixar ser conduzido por minh´alma... deixá-la assumir o controle... por hora...

Comecei dizendo que pedi um tempo à melancolia... prefiro sonhar... esperar... um dia essas palavras serão apenas lembranças de uma fase da minha vida... irei rir e chorar ao ler novamente... afinal a esperança sempre deve vencer o desespero e a amargura...

Aos poucos ganho mais força... buscando a paz e a seguindo...

"Sleep, angels will watch over you
And soon beautiful dreams will come true..."


Greco.

segunda-feira, 17 de março de 2008

"Un despliegue de maldad insolente..."

São Paulo, 17 de Março de 2008.

15h50

"Que el mundo fué y será una porquería,
ya lo sé..."


"Numa segunda feira a noite, dois rapazes tiveram suas vidas marcadas...

Não se conheciam...

Um estava atrasado, indo para a igreja... o outro seguia para o sua aula...

De repente, a caminho do metrô, um estranho acontecimento já indicava que aquela seria uma segunda feira muito diferente...

Um homem, "aparentemente" normal, exceto pelos olhos meio avermelhados, sem saberem o porquê, resolve ir para cima de um deles... o outro tenta ajudar dizendo que é seu amigo... ah se ele soubesse...

Palavras alteradas... o princípio de um desentendimento e uma agressão física naquele que tentou ajudar...

O outro rapaz, um pouco confuso sem saber ainda o que estava acontecendo, pede para o agredido não revidar, sendo a melhor coisa a fazer seguir em frente...

Já dentro do vagão, depois de apresentados, tentam esclarecer aquele fato... um deles tem sua atenção desviada, pois o causador da confusão é visto conversando com um dos seguranças... mas as portas se fecham e o trem segue...

Na próxima estação entram dois seguranças e o rapaz agredido vai ao encontro deles perguntar se sabiam de algo e conta-lhes o ocorrido... pedem para que desçam na estação seguinte...

Novamente explicam o situação estranha pela qual passaram e são pegos de surpresa ao saberem que são acusados de assalto a mão armada...

São acompanhados por outros seguranças até uma viatura e de lá seguem até a delegacia especializada...

O agressor tornou-se acusador e as vítimas, acusados...

Na delegacia têm suas roupas tiradas, seus pertences revirados à procura do fruto do suposto assalto...

Prestam depoimento e aguardam...

Estão tranqüilos... sabem que a verdade virá...

O acusador caiu em sua própria teia... se contradisse... e revelou o motivo de tamanha infâmia...

As verdadeiras vítimas desde o princípio, são liberadas... voltam para suas casas ainda não acreditando em nada..."



Aquele que seguia para louvar seu Deus e que foi ajudado por um desconhecido é este que vos escreve... e ainda se pergunta o que deveras aconteceu...

É algo surreal... de repente aquilo que é normal encontrar em novelas, filmes, livros... tornou-se um fato concreto...

A pergunta é... qual o limite da maldade? O Homem tem limites?

Motivos para o que aconteceu?

Desespero... insanidade... maldade... pura...

Algo que justifique?

Nada...

Uma acusação leviana... constrangimento... ser alvo de olhares indagadores... ficar nú em pêlo... dignidade violada...

Que mundo é esse? O que fazemos? O que somos?

É isso o que desejamos para os "nossos" filhos? O lodo...

Porque nos acostumamos? "Os valores da sociedade mudaram..." dizem... quais valores? O "jeitinho", "quem não chora, não mama", "o mundo é dos espertos", a cultura de ficar "como um pé de couve" em frente a uma televisão, extasiados, tendo reality shows e afins como entrenimento... esses?

Tenho medo... volto para minha bolha? Finjo que sou mais um? Afinal se não posso com eles, devo juntar-me?...

Medo ainda...

Enquanto passava por isso, tentava acreditar que fosse real, não sabia se chorava ou se ria... aquilo não era crível... hoje ainda não o é...

E assim caminha(?) a humanidade... apenas não quero imaginar para onde... mas não consigo evitar... faço parte dela...

Greco.


domingo, 2 de março de 2008

Aos poucos

São Paulo, 02 de Março de 2008.

15h15

"A grande nuvem escura vai-se embora
dissolve-se a loucura da tormenta
a maré recua agora plana e lenta
as gaivotas largam terra sem demora..."


Depois de um dia longo... trabalhado... me jogo em minha cama e sou enlevado por canções que fazem o cansaço ir embora...

Meus pensamentos são desconexos, cúmplices da estranha leveza que sinto...

Sobre o que falar? Sobre o que escrever?

Sobre tudo... qualquer coisa...

Queria tentar descrever essa sensação de liberdade que sinto, será que já a tenho? ou realmente é apenas uma sensação e ela ainda está a caminho?

Virá... mesmo através destes joelhos vacilantes, que me fazem andar tropegamente tal qual um andarilho...

Tropeço? Significa que ao menos ando... tento...

Mas é bom sentir isso, ao menos uma vez o aperto no peito e o peso em minhas costas estão suportáveis e o vazio é preenchido aos poucos.

Ah... se eu soubesse antes... dizem que a experiência é o nome que damos aos nossos erros, ou seja, é algo necessário, as vezes desagradável mas é um processo natural, entretanto, que nome daremos ao medo de errar? Podemos desviar? Sair desse processo? Creio que não...

É inevitável que ao errarmos e até mesmo sem saber prejudicarmos alguém, tenhamos medo de repetir isso... de passar por algo dolorosamente já conhecido... mas se não tentarmos novamente, como saber? É preciso arriscar, curar as feridas ainda abertas e seguir em frente...

Afinal somos livres(?) ou apenas "humanos, demasiadamente humanos"...

Liberdade é sinônimo de felicidade? Depende do que cada um almeja...
Alguns são livres mas fingem ser felizes, têm tudo e nada, nunca o suficiente... sempre à procura... vida dissoluta...
Outros estão felizes presos em seus próprios mundos, conformados, vivendo numa eterna letargia... falsa realidade... construída sobre a areia...
Existe um ponto de equilíbrio? Algo que harmonize?

Sim... e cada um deve descobrir por si mesmo, não pedindo conselhos sobre o óbvio ou absorvendo apenas aquilo que trará um alívio momentâneo... passageiro...

Descubra-se... recolha-se ao seu íntimo... silencioso... reflita...

Cuidado com o espelho... superficial...

Preste atenção nas coisas pequenas...

Viva...

Deixe a alma de vigia...

Greco.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Perdão

São Paulo, 12 de Fevereiro de 2008.

19h30

Saindo do exílio...
Apenas para pedir perdão.
Quão nobre da minha parte...
Não.
Faço isso porque devo.
Errei... assumo...
Fraqueza?
Humanidade... simplesmente...
Feri com palavras e fui ferido com outras mais.
Mal-entendidos apareceram, mas não quiseram desfazê-los.
Em alguns momentos fui egocêntrico... apenas eu?
Optei pelo silêncio, pela ausência, tinha esse direito?
Sim.
Eles foram meus castigos... duros...
Decidi parar de me perder e tentar levar outros comigo.
Considerá-los "culpados" por me "induzirem" ao erro... bobagem.
Decidi que é hora de me encontrar, afinal sou o mais importante para mim...
(egocêntrico ainda?)
É pelo sonho que vamos...
Voltei a sonhar.
Apenas peço que deixem os mortos em paz.
Voltando ao exílio...

Greco.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Um até breve...

São Paulo, 04 de Janeiro de 2007.

13h50

“Comme une fleur, ainsi est l´homme,
sa gloire ici bientôt termine...”

Talvez este não seja o post ideal para um "1º post do ano" pois na verdade poderá ser o último durante algum tempo.

Não é charme, pedido de atenção ou qualquer coisa do tipo, mas tomei esta decisão por alguns motivos.

Conheci gente muito especial por meio deste blog, já ri, chorei e pensei muito a respeito do que li, ouvi e senti.

Ontem conversando com três deles, vi que meu "processo de transição" entre o Greco que motivou este blog e o Greco ideal (existe um ponto?), ainda tem algumas falhas, falhas que podem fazer com que pessoas especiais como estas tenham uma visão distorcida de mim, por minha culpa mesmo, pois se eles as têm é porque passo...

E não quero isso...

Quero sim preservá-los, quer estejam na mesma cidade, noutro estado ou a milhares de quilômetros.

Eu me propus a fazer algumas coisas neste ano e dar continuidade a outras que comecei no ano velho... dentre elas, cuidar da minha saúde, rever minha vida profissional e deixar um pouco de lado o mundo virtual mas isso não inclui as pessoas que estão nele.

Bem é isso....

Greco