domingo, 2 de março de 2008

Aos poucos

São Paulo, 02 de Março de 2008.

15h15

"A grande nuvem escura vai-se embora
dissolve-se a loucura da tormenta
a maré recua agora plana e lenta
as gaivotas largam terra sem demora..."


Depois de um dia longo... trabalhado... me jogo em minha cama e sou enlevado por canções que fazem o cansaço ir embora...

Meus pensamentos são desconexos, cúmplices da estranha leveza que sinto...

Sobre o que falar? Sobre o que escrever?

Sobre tudo... qualquer coisa...

Queria tentar descrever essa sensação de liberdade que sinto, será que já a tenho? ou realmente é apenas uma sensação e ela ainda está a caminho?

Virá... mesmo através destes joelhos vacilantes, que me fazem andar tropegamente tal qual um andarilho...

Tropeço? Significa que ao menos ando... tento...

Mas é bom sentir isso, ao menos uma vez o aperto no peito e o peso em minhas costas estão suportáveis e o vazio é preenchido aos poucos.

Ah... se eu soubesse antes... dizem que a experiência é o nome que damos aos nossos erros, ou seja, é algo necessário, as vezes desagradável mas é um processo natural, entretanto, que nome daremos ao medo de errar? Podemos desviar? Sair desse processo? Creio que não...

É inevitável que ao errarmos e até mesmo sem saber prejudicarmos alguém, tenhamos medo de repetir isso... de passar por algo dolorosamente já conhecido... mas se não tentarmos novamente, como saber? É preciso arriscar, curar as feridas ainda abertas e seguir em frente...

Afinal somos livres(?) ou apenas "humanos, demasiadamente humanos"...

Liberdade é sinônimo de felicidade? Depende do que cada um almeja...
Alguns são livres mas fingem ser felizes, têm tudo e nada, nunca o suficiente... sempre à procura... vida dissoluta...
Outros estão felizes presos em seus próprios mundos, conformados, vivendo numa eterna letargia... falsa realidade... construída sobre a areia...
Existe um ponto de equilíbrio? Algo que harmonize?

Sim... e cada um deve descobrir por si mesmo, não pedindo conselhos sobre o óbvio ou absorvendo apenas aquilo que trará um alívio momentâneo... passageiro...

Descubra-se... recolha-se ao seu íntimo... silencioso... reflita...

Cuidado com o espelho... superficial...

Preste atenção nas coisas pequenas...

Viva...

Deixe a alma de vigia...

Greco.

11 comentários:

Matheus Thumé disse...

Mon cher!!!!

Bom saber de ti...

Auto-conhecimento é importantíssimo para conseguir a tal liberdade (será?) e a tal da felicidade...

Como estás??

Saudades, seu sumido!!!

Bjo!!

Goiano disse...

para quem nao sabia o que queria falar no comeco do post
acho q vc se expressoou vbem demais
um bjo e otima semana
tem tempo q nao nos flamos ... precisamos mudar isso

Paulo Mamedes disse...

Pois é as vezes falamos mais e mais profundamente, quando não temos nada a dizer... pois temos que buscar mais fundo antes de abrir a boca!!

Abração e boa gringaiada aí para vc!!! rs

André Mans disse...

nas pequenas coisas que há a felicidade... pode crê!

Râzi disse...

Meu lindooooo!

Que bom que voltou!!

Eu cheio de parangolés!!!

AHauhauauahauhauahauah!

Sabe, a liberdade me assusta! Preciso, necessito estar ancorado! E o que é estar ancorado se não amarrado por uma corrente? Acorrentado??? Será que é tão ruim assim pertencer a algo? Não querer ser um pássaro que voa livre no céu mas um cão, que fica confinado a um quintal, mas que tem o amor de seus donos, carinho, proteção?

Ah, como vc disse, cada um na sua! Temos quen os descobrir!

Beijão!

E por mais que possa parecer estranho, uma vez que estamos nos falando pouco ou simplesmente não falando, cada dia que passa eu te entendo mais e consigo ver que vc tem seus motivos!

~:D

Anônimo disse...

Que bom que deu notícias! ;-)

Olha, definitivamente, acredito que você pode ser infeliz ao mesmo tempo que é livre, mas jamais será feliz sem ter sua liberdade.

Rafael Calvin disse...

meu Deus, só vc pra complicar mais ainda as palavras, mas se voltou com elas é porque está voltando pra nós! E se voltando para nós!
Quanto mais longe, menos.
Quanto mais do oposto, menos do mesmo.
E isso tudo junto vira sempre algo cíclico.

Beijos
Calvin

descolonizado disse...

uau ... às vezes acordo assim leve;
no meu caso é uma anestesia que dou-me!

adorei o texto.

Edu disse...

O espelho nem sempre é ruim - tememos olhar para nós mesmos, com critério. De qualquer forma, é só uma opinião particular tentando ser complementar à sua, muito sábia! :-) Que bom ter você de volta, de vez em quando!

O problema é ter que comentar com conta google... Libera o OpenID pelo menos! :-)

Beijo!
Edu

André Mans disse...

dicas valiosas fecham seu post

Latinha disse...

Rapaz, você conseguiu o que muita gente está tentando encontrar nas terapias por esse mundo de meu Deus.

Entender que em primeiro lugar precisamos estar bem conosco antes de ir procurar alguém, é algo importante para evitar desilusões e decepções.

Abração para você!!!